O Modelo Freemium funciona oferecendo um produto ou serviço digital gratuito como forma de atrair um alto volume de usuários, mas com o objetivo de convertê-los em usuários pagantes através de uma opção premium com mais recursos.
A palavra Freemium foi criada a partir da combinação das palavras Free + Premium e também é considerada uma estratégia de preço.
De um certo modo, ela é uma evolução do Antigo Modelo Freeware, usado por empresas de software desde a década de 80.
O Modelo Freemium é mais comum entre empresas de software as a service (SaaS), nas quais o custo marginal de produção e distribuição é muito pequeno, uma vez que o número de usuário que utilizam a versão gratuita (free) é a maioria absoluta.
Índice
O Business Model Canvas do Freemium possui o seguinte padrão
Para ganhar dinheiro com o Modelo Freemium o custo de distribuição para todos os usuários (tanto free quanto premium) deve ser menor do que a receita gerada com os usuários premium.
Isso pode parecer simples no mundo digital, mas não é. O esforço para conseguir converter usuários gratuitos em usuários pagantes é muito grande.
O indicador de sucesso entre as empresas que adotam esse modelo é conseguir 5% de usuários pagantes. Qualquer valor acima deste, é um indicador de grande sucesso.
Forças – A oferta de uma opção free tem grande poder de atração de usuários pois motiva os usuários a usar o produto / serviço e a compartilhar o mesmo em sua rede de relacionamento, ajudando no marketing viral. É a mesma lógica do modelo Low Cost.
Fraquezas – É difícil encontrar o equilíbrio correto entre funcionalidades gratuitas e pagas, o que pode levar a empresa a uma baixa taxa de conversão de usuários gratuitos em usuários pagos.
Uma dica importante para conseguir obter sucesso com o Modelo Freemium é evitar uma estratégia conhecida como Crippleware, onde a estratégia usada é oferecer uma versão free piorada em relação a versão premium.
A opção gratuita deve ser completa e funcional, capaz de gerar valor e surpreender positivamente o usuário, enquanto que a versão premium deve ser um passo a frente com valor agregado ainda maior ao usuário.
O Dropbox revolucionou a vida dos usuários de computador no mundo todo ao oferecer um serviço de armazenamento de dados na nuvem, permitindo que sincronizassem e compartilhassem pastas entre diferentes dispositivos.
De acordo com seu fundador, Drew Houston, a idéia surgiu depois de várias vezes esquecer seu pen drive quando estudava no MIT.
Ele começou a desenvolver uma tecnologia que resolvesse essa situação para si mesmo, mas depois percebeu que poderia beneficiar outros que tinham o mesmo problema.
O Modelo Freemium do Dropbox oferece uma conta gratuita de 2 GB e contas pagas de 50 GB, 100 GB, e uma conta de equipe de 350 GB.
A conta gratuita e a conta paga são idênticas em todos os aspectos, exceto para a quantidade de espaço de armazenamento oferecido.
Fornecer contas gratuitas para usuários custa muito dinheiro para Dropbox, mas este é o seu custo de marketing, uma vez que a gratuidade é a grande responsável pela atração dos usuários.
Conheça o Modelo de Negócio do Tinder e o Modelo de Assinatura.
Não deixe de ler meu artigo sobre as dificuldades de adotar este modelo publicado na Exame: Por que o freemium pode não ser o modelo ideal para sua startup
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"O indicador de sucesso entre as empresas que adotam esse modelo é conseguir 5% de usuários pagantes. Qualquer valor acima deste, é um indicador de grande sucesso."
Porque 5% sobre a base de clientes e não 10% por exemplo? Esse número, 5% é resultado de alguma pesquisa estatistica baseada em conversão de leads?
Abraço e Feliz Natal
Oi Patrícia, tudo bem? Feliz Natal! Esses 5% são um indicador que as empresas que adotam o modelo freemium buscam para se tornarem lucrativas. Vou colar aqui alguns links que falam mais profundamente sobre isso:
https://hbr.org/2014/05/making-freemium-work
https://www.quora.com/Whats-the-average-freemium-conversion-rate-of-consumer-web-apps