O Modelo de Negócio do Facebook é do tipo plataforma multilateral pois conecta usuários, anúnciantes e desenvolvedores por meio de sua rede social.
Ainda que outros nomes tenham ensaiado o que hoje conhecemos como “rede social”, como o MySpace e o Orkut, por exemplo, pode-se dizer que o pioneirismo em transformar esse tipo de ambiente digital em um modelo de negócio é, de fato, do Facebook.
Com mais de 15 anos de existência, o Facebook ultrapassa os 2 bilhões de usuários em todo o mundo, e se mantém ativo e em crescimento. Muito em virtude também das aquisições que a companhia tem feito, de nomes – e concorrentes – de peso, como Instagram e WhatsApp.
Ainda que muito se especule a respeito da venda de dados, Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, defende que esse jamais foi – e jamais será – a fonte de receita da rede e que, ao contrário, isso nem seria saudável para seu próprio negócio.
Mas, então, qual é o modelo de negócio do Facebook? Como o Facebook ganha dinheiro? Acompanhe de perto.
Índice
Segundo o próprio Zuckerberg, quando ele estava desenvolvendo o Facebook, ele não tinha a ambição de construir uma empresa global. Diferente disso, ele apenas percebeu “que era possível encontrar praticamente qualquer coisa na internet – música, livro, informação – exceto aquilo que mais importa: pessoas”.
Por isso, ele criou um serviço que fosse capaz de conectar as pessoas o que, ao longo dos anos, se mostrou interessante e relevante para a gente de todo planeta. E, dessa forma, o Facebook pôde se transformar em um modelo de negócio rentável, com “serviços que as pessoas ao redor do mundo amam e usam todos os dias”, de acordo com o fundador.
Atualmente, o Facebook possui diversas outras empresa debaixo de seu “guarda-chuva”. Entre elas, estão o Instagram, WhatsApp, Oculus (tecnologia de realidade virtual), Moves (app contador de passos), entre outros.
Como o Facebook tem diferentes segmentos de clientes, cada cliente percebe o valor da empresa de maneira diversa. Então, vamos separar a proposta de valor por segmentação:
Evidentemente, os canais de distribuição principais do Facebook são seu próprio website e a aplicativo. É lá que os usuários se encontram e onde os anunciantes têm acesso ao público. Dentro disso, os canais se subdividem entre o Feed, as notificações, as mensagens diretas e os stories.
Outros canais incluem as lojas de aplicativos, os outros produtos da companhia, como Instagram e WhatsApp e, claro, o boca-a-boca.
O relacionamento com o cliente do Facebook está caracterizado pela própria plataforma, que é bastante intuitiva, permitindo que os usuários especifique as configurações de seu perfil e utilização, sem maiores dificuldades. Afora isso, o Facebook tem uma organização de vendas internacional, que trabalha junto de agência de publicidade, para atrair anunciantes.
Entre as parcerias-chave do Facebook, encontram-se:
Acima de todas as atividades-chave, destaca-se o desenvolvimento e manutenção da plataforma, a fim de assegurar uma experiência positiva na rede social e evitar os efeitos negativos.
Para isso, além de toda a infraestrutura tecnológica que o site exige, para se manter em funcionamento otimizado 24 horas por dia, 7 dias por semana, o Facebook também precisa investir em boas práticas e controle de mau comportamento dentro da rede.
Além disso, a empresa também se concentra na aquisição e engajamento dos usuários, no armazenamento e segurança dos dados dos clientes, contratação e retenção de talentos, vendas e marketing.
Dentre os recursos-chave do Facebook, o único palpável (e nem se poderia chamar assim, por ser essencialmente digital) é a própria plataforma da rede social, que demanda infraestrutura tecnológica.
Afora isso, os demais recursos-chave são a própria rede de usuários e sua produção de conteúdo, e a marca Facebook. Os usuários ativos da rede social são o maior ativo da empresa. Se não houver usuários, não há para quem anunciar. E se esses usuários precisam se manter interessados em usar a plataforma para produzir conteúdo uns aos outros. Ou então, a rede perde relevância e, logo, adeptos.
Quanto à marca, trata-se de um nome muito forte, que ainda é o maior sinônimo de “rede social” na prática.
A maior parcela da estrutura de custo do Facebook gira em torno da manutenção de sua plataforma e do armazenamento de dados de seus milhões de usuários. Além disso, há o CAC (o custo de aquisição do cliente), com entrega de ferramentas que fomentem o engajamento do usuário, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, marketing e publicidade, assistência ao cliente, bem como as despesas gerais e administrativas, de uma empresa global.
Finalmente, após analisar todo modelo de negócio do Facebook, nos voltamos à fonte de receita, ou seja, nossa questão inicial: como o Facebook ganha dinheiro?
Como mencionado durante a especificação do Canvas, a grande fonte de receita do Facebook é composta pela publicidade segmentada, devido à particularidade que a plataforma oferece de permitir que os anunciantes alcancem seu público-alvo, a partir das informações que a rede coleta de seus usuários.
Conforme Zuckerberg, é por isso mesmo que não faria sentido o Facebook vender os dados dos usuários. Isso seria um tiro no próprio pé, já que a plataforma estaria entregando o seu grande diferencial nas mãos dos anunciantes, que, dessa forma, em pouco tempo não precisariam mais do Facebook.
O grande trunfo do Facebook é justamente permitir que seus anunciantes possam investir dinheiro no público certo. Que, dentro dos mais de 2 bilhões de perfis da plataforma, uma empresa consiga ter seu produto apresentado somente para brasileiras, do sexo feminino, de 25 a 30 anos, que já sejam formadas e tenham interesse em casamento, por exemplo.
É assim que a publicidade se tornou responsável por 97 a 99% da receita do Facebook. Os outros 3% ou menos são compostos de pagamentos recebidos por meio dos games jogados e produtos vendidos na plataforma, serviço de rede social privada para empresas e outros produtos ofertados por cada uma das empresas sob seu grande guarda-chuva, tais como os dispositivos de realidade virtual da Oculus.
Apesar de todas as acusações e controvérsias, o Facebook continua em franco crescimento. Ainda que muitas pessoas acreditem que a rede social do Facebook irá acabar dentro de pouco tempo, a marca e a empresa certamente continuarão, investindo em novas marcas e novas abordagens, como tem-se visto.
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