O modelo de negócio da Zoom.us é do tipo assinatura freemium, pois a empresa oferece tecnologia de videoconferência com opções gratuitas a pagas em valores mensais.
Pode ser que você nunca tivesse usado – ou talvez até nunca tivesse ouvido da Zoom.us – até o início de 2020. No entanto, essa ferramenta tem sido a tábua de salvação de muitos empreendedores nesses primeiros meses do ano, quando vimos enfrentando o isolamento social devido à pandemia do Covid-19.
Essa empresa de comunicações em vídeo tem sido essencial para que as pessoas e equipes consigam conversar entre si, mesmo que cada membro esteja falando de um local e dispositivo diferente. E isso permitiu que atividades em grupo, como reuniões, aulas, treinamentos e até alguns eventos como palestras pudessem acontecer, sem maiores prejuízos.
Por sua conveniência, a Zoom teve um crescimento absurdo nesses últimos meses, pois a quantidade de usuários multiplicou-se exponencialmente. E evidentemente que, se estamos falando de uma companhia cujo modelo de negócio é baseado nos usuários, se esse número cresceu enormemente, pode ter certeza que isso também é verdade no que diz respeito ao lucro da empresa.
Mas, afinal, como funciona o modelo de negócio da Zoom.us – e por que a sua popularidade aumentou tanto frente a produtos similares no mercado? Acompanhe a seguir.
Índice
Como o próprio site da empresa define, “a Zoom é líder em comunicações de vídeo corporativas modernas, com uma plataforma em nuvem confiável e fácil para conferências de vídeo e áudio, colaboração, bate-papo e webinars em dispositivos móveis, desktops, telefones e sistemas de sala”.
Trata-se de um sistema de videoconferência remota, fundado em 2011, por Eric Yuan. Yuan foi o engenheiro do Cisco WebEX, justamente um produto de videoconferência da Cisco. Porém, ao perceber que seu produto não estava sendo bem aproveitado pela companhia e não estava agradando os usuários, ele optou por sair da empresa e fundar a Zoom.
Essa plataforma SaaS permite que os usuários interajam utilizando câmeras e microfones de dispositivos conectados à internet – computadores, smartphones, tablets – e também possibilita que os usuários compartilhem tudo o que está em suas telas uns com os outros, melhorando a experiência em reuniões de projeto, apresentações e aulas, por exemplo.
A Zoom aplica o modelo de negócio freemium somado ao modelo de assinatura. Ou seja, ela utiliza um sistema de assinaturas mensais como fonte de receita (são quatro planos diferentes), mas oferece também uma opção free, isto é, sem custo algum, com recursos mais limitados. Os planos são:
Em resumo, o modelo de negócio da Zoom.us busca transformar usuários free em consumidores pagantes. Porque os assinantes começam no modelo Básico, sem custo, mas percebem que a sua experiência pode ficar muito melhor se contratarem um plano. Como as tarifas não são exorbitantes, é fácil que o usuário opte pelo upgrade. Esta é a clássica estratégia do modelo freemium.
O modelo de negócio da zoom.us segue o seguinte desenho no business model canvas
Ainda que a empresa tenha sido fundada em 2011, a ferramenta foi lançada no mercado em 2013. Desde então, o número de usuários veio crescendo ano a ano, sempre possibilitando que a companhia fechasse com ano com balanço muito positivo.
Porém, nada se compara aos números recentes. Só em março de 2020, a Zoom conseguiu mais assinantes do que o ano inteiro de 2019. Isso, claro, devido à pandemia de Covid-19, que obrigou as pessoas a descobrirem maneiras de trabalhar de dentro de suas casas.
Foram 2,22 milhões de usuários em um mês – alcançando uma cifra acima de 12 milhões de assinantes, com uma participação de mais de 200 milhões de pessoas em vídeochamadas diariamente.
Mas, além das pessoas físicas e das empresas, instituições de ensino e de saúde, agências governamentais e tantas outras organizações que têm aproveitado as funcionalidades da Zoom, a empresa também conta com investidores. Desde 2011, a Zoom levantou mais de 145 milhões de dólares em rodadas de investimentos, virando unicórnio no início de 2017. Hoje, ela é avaliada em mais de 16 bilhões de dólares.
É claro que a Zoom.us teve um boom de crescimento completamente inesperado e fora da curva devido à pandemia de corona vírus que assolou o planeta. No entanto, o desenvolvimento da empresa vinha estável, sempre progredindo, anualmente, tanto em número de usuários quanto em receita final.
A Zoom já era muito bem vista entre a comunidade corporativa, sendo a favorita entre as ferramentas similares, que incluem Skype, Hangouts, Google Meeting e o mais recente Teams, da Microsoft.
Isso se deve a alguns fatores importantes. Primeiro, a sua versão free, o plano de atração de novos consumidores, consegue entregar valor. Ainda que mais simples, ele garante uma boa experiência, ainda que em menos tempo.
E, segundo, devido à qualidade do serviço prestado. A Zoom consegue manter os vídeos em uma qualidade boa e sua interface é muito simples e intuitiva. Em resumo, tudo funciona, desde o início. Mesmo para aquele usuário que tenha chegado até a plataforma apenas para manter contato com as pessoas que ama e de quem precisa guardar distância.
Obs: Não confundir a Zoom.us, software de vídeo-conferência com o Zoom, site comparador de preços.
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