Quando você começa a estudar a respeito de modelagem de negócios, você passa a se deparar com diversos termos, que se repetem, se misturam e, com frequência, se confundem. Uma confusão que acontece bastante se dá entre os termos Design Thinking, Lean Startup e Agile.
No entanto, esses três conceitos são pontualmente diferentes e, além disso, complementares. Por isso, vamos entender como separar essas metodologias em suas características peculiares para, então, compreender como elas podem ser combinadas, de forma a tirar o maior potencial de cada uma delas.
Índice
Antes de qualquer coisa, é importante destacar que, apesar do nome, o Design Thinking é não é método exclusivo de designers. Ao contrário, ele cabe a todo e qualquer profissional que esteja buscando inovar.
A peculiaridade do Design Thinking em relação aos demais processos é que este se concentra nas pessoas. A palavra aqui é “empatia”. É entender a dor do consumidor, tentar oferecer o melhor para a pessoa que vier a utilizar esse produto ou serviço. Em resumo: entender a necessidade humano por trás dele.
Quando executado corretamente, o Design Thinking permite capturar a mentalidade das pessoas para quem você está criando, de forma a enxergar oportunidades com base nas dores e desejos dessas pessoas.
Assim, o Design Thinking leva a soluções inovadoras, não apenas incrementações e melhorias simplórias. Essa metodologia é composta de cinco estágios:
Embora pareça um processo linear, é importante destacar que o Design Thinking é uma metodologia flexível e fluida. Novas ideias e novos problemas podem surgir ao longo das fases de prototipagem e testagem, por exemplo, fazendo com que toda a cadeia seja repensada.
A especificidade da metodologia Lean Startup, por sua vez, é oferecer uma abordagem científica capaz de criar startups e levar o produto às mãos do cliente em menos tempo. O objetivo é entender como conduzir uma startup e expandi-la rapidamente, por meio do desenvolvimento de novos produtos.
O objetivo da Lean Startup é eliminar qualquer incerteza em relação à validade e potencial de um novo produto. Ao invés de se perguntar a empresa consegue produzir um produto, deve-se perguntar se a empresa DEVE construir o produto.
Assim, ao invés de a empresa investir recursos para produzir uma ideia que ela não sabe se o mercado quer, ela faz uma espécie de experimentação investigativa. Trata-se de produzir um produto inicial, com poucos recursos, para verificar a aceitação do público, o chamado produto mínimo viável (MVP).
Caso seja bem-sucedido, então são feitos novos testes e iterações, até que o produto esteja pronto para ser de fato colocado em produção, ou seja, até que ele já tenha um segmento de clientes estabelecido, resolvendo problemas reais.
Agile, por fim, é uma metodologia voltada para desenvolvimento de softwares. Ela prevê uma mudança cultural nas empresas, já que visa a entregar partes individuais de um software ao invés do aplicativo todo.
Há, na verdade, diversos métodos “ágeis”, que se enquadram sob o guarda-chuva desse conceito. Mas todos eles têm algumas características em comum:
Portanto, a metodologia Agile entende que, ao invés de a empresa ficar gastando tempo e recursos em documentação, negociação, termos de uso e um roteiro e plano de projeto, é mais relevante estar próximo ao cliente, escutar o que o consumidor tem a dizer sobre cada parte do software, tudo antes de entregar o aplicativo final.
Isso promove um desenvolvimento ágil e pragmático de um software que, no final das contas, agregará mais valor ao cliente.
Somar as particularidades de cada uma das metodologias apresentadas é uma das formas mais eficiente e sustentáveis de geração de valor. Você irá:
90% das startups fracassam por investirem tempo e recursos em produtos que ninguém quer. Ao combinar essas três estratégias, você estará reduzindo drasticamente o risco de produzir algo que não espaço no mercado.
Isso porque, como você pôde perceber, os três conceitos voltam seus olhos para o cliente, o usuário final, por meio de feedback direto e imediato. Esse feedback evita que se produzam coisas que não têm sentido para o consumidor.
Em palavras simples, ao invés de ficar fazendo mil planos e cálculos sobre um papel ou uma planilha de Excel, o empreendedor se concentra em construir uma ideia real, uma solução, um produto com serventia, baseado em testes e protótipos pré-aprovados por seu próprio público. É fazer um produto com a segurança de que ele será comprado.
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Daniel, antes de mais nada parabéns! Sua didática é excelente, muito fácil de aprender! Você poderia tirar essa dúvida: Onde entra o Lean Canvas e o Business Model Canvas nesse comparativo?
Grato
Cláudio
Oi Cláudio, tudo bem? Obrigado! Neste artigo aqui explico melhor a sua dúvida: https://analistamodelosdenegocios.com.br/qual-a-diferenca-entre-o-business-model-canvas-e-o-lean-canvas/