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MODELOS DE NEGÓCIOS DE EMPRESAS

Modelo de negócio do Méliuz

Modelo de Negócio do Méliuz

O Modelo de Negócio do Méliuz é uma mistura de Programa de Fidelidade com Marketing de Afiliados, pois oferece ao seus clientes dinheiro de volta para compras em lojas parceiras através de seu site.

O Méliuz é a maior empresa de cashback do Brasil. Em termos simples, o consumidor que fizer uma compra por meio do site ou do aplicativo do Méliuz receberá parte do valor da compra de volta.

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Mas o Méliuz não é uma marca ou indústria. Trata-se, na verdade, de uma espécie de vitrine para diversas outras lojas. Como o aplicativo vende os produtos de outras empresas, sem aumentar o valor final ao consumidor, pode parecer estranho, à primeira vista, que eles de fato realizem o reembolso do valor.

No entanto, ao analisar o modelo de negócio do Méliuz, você entende que não há nada de esquisito no processo. É, na realidade, um sistema de promoção e comissionamento legítimo. Vamos conhecer como tudo funciona?

Um breve histórico sobre o Méliuz

O Méliuz é uma startup brasileira, fundada em 2011, por Ofli Guimarães e Israel Salmen. Ela recebeu um aporte inicial de um investidor de Belo Horizonte para poder ir ao ar, no valor de de 200 mil dólares. No ano seguinte, em 2012, foi selecionada para um programa de aceleração de startups do governo chileno e, lá, recebeu o segundo aporte, no valor de 40 mil dólares.

Já em 2015, com um escritório funcionando há cerca de 3 anos, o Méliuz garantiu 5 novos aportes, um deles do investidor-anjo francês Fabrice Grinda, que foca em startups com potencial de crescimento. Hoje, possui milhares de lojas parceiras e uma base de consumidores cadastrados de aproximadamente 2 milhões.

Como funciona o Méliuz

Méliuz

Como dito antes, o Méliuz é um sistema de cashback. Cashback vem do inglês e significa “dinheiro de volta”. Ou seja, o cliente faz uma compra através da plataforma, faz o pagamento do valor total, mas terá o reembolso de uma parte do dinheiro investido em alguns dias após concluída a compra.

O Méliuz tem uma parceria com as maiores lojas on-line e e-commerces do Brasil, incluindo desde artigos eletrônicos até farmácias. São cerca de 1600 parceiros on-line. Ele pode ser utilizado via smartphone, computador e até mesmo em lojas físicas.

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O consumidor acessa o site ou o aplicativo para smartphone do Méliuz e se registra sem custo algum. Não há planos ou pacotes de assinatura. Para fazer a compra, ele seleciona a loja, faz uma pesquisa sobre o item a ser adquirido e ative o reembolso. No momento de efetuá-la, o site da loja será aberto automaticamente, por dentro do aplicativo, e o cliente conclui o processo.

Ao usar o Méliuz no computador, o consumidor também pode optar por incluir uma extensão do app em seu navegador. Nesse caso, as lojas parcerias serão identificadas e será possível fazer o reembolso facilmente.

Quanto às lojas físicas, o Méliuz tem parceria com supermercados, farmácias, lojas de produtos químicos, restaurantes, bares e postos de gasolina. Para garantir o cashback nesses locais, o consumidor informa o seu número de celular no ato do pagamento. Esses estabelecimentos são identificados por meio do app do Méliuz, na seção “Perto de você”.

Dentro dos primeiros dois dias após a compra, o valor do reembolso aparece no extrato do cliente, como “pendente”. Quando a loja parceira confirma a compra, o valor é aprovado. Quando o usuário completar um saldo mínimo de 20 reais, ele pode resgatar essa quantia.

Méliuz

Além disso, o Méliuz também incorporou entre os seus serviços o Cartão Méliuz. Trata-se de um cartão de crédito padrão, sem anuidade. Sempre que o cliente o utiliza para fazer compras, ele recebe 0,8% de cashback – em qualquer loja, parceira ou não. E, se a loja for parceira, o consumidor recebe 1% de reembolso adicional.

O resgate do cashback do cartão é feito igual ao padrão do app, isto é, será aprovado pela loja dentro de alguns dias e poderá ser retirado quando alcançar o saldo mínimo de 20 reais.

Com frequência, além do reembolso, também há cupons de desconto ou ofertas das lojas parceiras dentro do app. Esses descontos não evitam o cashback, são cumulativos.

A porcentagem ou valor a ser reembolsado é informado no site ou aplicativo do Méliuz e podem variar bastante de acordo com a loja ou a data de acesso, especialmente em períodos promocionais ou comemorativos, como Black Friday e Natal.

Mas como o Méliuz ganha dinheiro?

Méliuz

A explicação é bastante simples e o próprio site da empresa esclarece como funciona, para que não exista desconfiança por parte do consumidor: “As lojas pagam para anunciar no site e no app da Méliuz. Nós dividimos este valor com você. Você ganha, ou Méliuz ganha e uma loja também ganha.”

Trata-se, no final, de um formato ganha-ganha que transformou o Méliuz no maior programa de recompensas do Brasil. Basicamente, a Méliuz é como uma revendedora das lojas. Ao receber a comissão, ela divide o valor com o consumidor. O consumidor prefere comprar com eles, porque recebe reembolso e as lojas se beneficiam da fidelidade dos clientes cadastrados.

O sistema de marketing do modelo de negócio do Méliuz é praticamente igual ao Marketing de Afiliados. O varejista on-line paga uma comissão a um site externo em troca do tráfego e vendas geradas a partir de suas promoções e referências.

Existe toda uma engenharia que permite que os grandes varejistas reconheçam que a compra foi feita por meio do “afiliado” Méliuz. Ao selecionar a compra que quer fazer, o consumidor é direcionado ao site do comerciante. Esse direcionamento acontece através de um link de rastreamento do Méliuz.

Esse link permite que o comerciante identifique de onde veio o cliente – nesse caso, da plataforma Méliuz. Após a conformação da transação, o Méliuz recebe sua comissão e envia uma parte dela para o usuário.

Méliuz

Modelo de Negócio do Méliuz

Veja o Modelo de Negócio do Méliuz no Business Model Canvas

Modelo de Negócio do Méliuz

A promoção ideal

Para finalizar, o cashback tem sido visto por muitos varejistas como o melhor modelo de promoção de seus produtos. Porque:

  • Reembolso é diferente de desconto. Desconto cria uma impressão negativa, com uma subavaliação da proposta de valor.
  • O reembolso é um incentivo financeiro, permitindo que a empresa aumente a satisfação do seu consumidor, sem diminuir o valor do seu produto.
  • O Méliuz exige que os consumidores forneçam dados para cadastro. Esses dados fornecem aos comerciantes informações valiosas sobre o comportamento de seu(s) segmento(s) de clientes.
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6 thoughts on “Modelo de negócio do Méliuz

  1. Jonny Elias says:

    Eu fiquei com uma duvida! Como a Méliuz declara o cashback sem caracterizar como comissão?

    • Daniel Pereira says:

      Oi Jonny, tudo bem? Essa é uma boa pergunta. Eu não sou contador e nem advogado tributarista, mas eu acredito que seja algo relacionado a desconto ou reembolso.

  2. Gustavo Araujo says:

    Como será que a Méliuz e outros cartões ganham ao oferecer cashback em todos os estabelecimentos (parceiros ou não)? Há adquirentes cobrando dos estabelecimentos 1,99% por transação… Me parece que a conta não fecha para a Méliuz ao, apenas assinando um cartão, fornecer 1% de volta ao cliente, dado que existem vários outros intermediários na transação e que precisam lucrar (banco, bandeira do cartão…). Será apenas um incentivo de marca e chamariz de clientes para consumirem outros produtos lucrativos ou estou perdendo algo?

    • Daniel Pereira says:

      Oi Gustavo, tudo bem? A Méliuz usa parte da comissão que recebe como afiliado dessas lojas. Ou seja, ela ganha dinheiro usando o modelo de marketing de afiliado que normalmente paga entre 2% a 5% e retorna parte dessa comissão como cashback para seus usuários. Não existe perda. É um modelo altamente rentável.

  3. João says:

    Em sua mensagem, você cita os agentes que participam dessa cadeia, por exemplo, a bandeira MasterCard vai ganhar de fato a sua assessment fee. A adquirente vai ficar com sua parte do MDR, de acordo com o markup que ela define. O interchange do emissor (banco) nesse caso é do próprio Méliuz, em conjunto ao Pan, nessa parceria. Vale ressaltar que a maior parte da “taxa do cartão de crédito” (MDR) é o interchange do emissor, ou seja, nesse percentual, a maior parte vai para Pan e Méliuz.

    Há situações onde a atividade do estabelecimento (MCC) tem um MDR mais baixo ou este é bem negociado com a adquirente por conta do volume de transações. Nesses casos, de fato a interchange não vai atingir o valor percentual dado de volta ao cliente. Então, como a conta fecha? É um investimento em aquisição de clientes, investimento em aumentar o valor transacionado (TPV) com o cartão Méliuz, o que consequentemente aumenta o valor da companhia, aumenta o valor do Pan também. Parte disso, como explicado pelo próprio Daniel, pode ser deslocado da receita de comissão recebida pelas venda.

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